Lendo a Tribuna do Leitor dia 11/05/2011 fiquei maravilhada com o depoimento de um professor de história, Srº Silvio Durante. Impressionante tentar entender até onde vai o olhar desse homem, na sociedade que vivemos hoje o que mais precisamos é de pessoas como o senhor!
Segue abaixo para apreciação de quem não teve a oportunidade de ler:
ASSISTENTE SOCIAL
"Estive acompanhando a audiência sobre Pavimentação e Recape ocorrida na quinta-feira, 28 de abril, na Câmara Municipal. Apesar dos atrasos e problemas apresentados na execução das obras por parte da Prefeitura de Bauru, o que realmente me deixou horrorizado naquela noite foi a fala de um vereador do PSDB na tentativa de justificar a incapacidade da prefeitura em elaborar projetos eficientes de pavimentação e drenagem.
O nobre vereador acertadamente falou que o problema era a falta de engenheiros na pre-feitura. Ok! Está certo. Ele poderia ter parado por aí, mas eis que solta a pérola dizendo que a prefeitura “prefere contratar assistentes sociais para a Sebes ao invés de contratar engenheiros para a Secretaria de Obras” (sic). In-tragável!
Absurda e infeliz frase! Infelizmente há pessoas que pensam que desenvolvimento é um engenheiro projetando prédios, condomínios de luxo, shoppings, abrindo ruas e extensas avenidas na cidade. Penso que desenvolvimento é algo para muito além disso. Não existe desenvolvimento sem justiça social e estou convicto de que na atual sociedade dividida em classes como a nossa é possível justiça social, ainda que mínima, sem a existência e ação dos assistentes sociais.
Sr. vereador, é graças à atuação destes profissionais que o Capitalismo não afunda de vez a humanidade na barbárie. É graças a ação desses profissionais que os Direitos Humanos são minimamente garantidos àqueles que nada têm. São os assistentes sociais, do serviço público ou das fundações privadas, que garantem a dignidade a milhares de pessoas que só são visíveis aos nossos olhos quando paramos nos sinaleiros, passamos embaixo dos viadutos ou desviamos nossos carros dos seus “carrinhos de reciclados”.
O Capitalismo dia-a-dia aumenta o número de miseráveis no mundo todo. Diariamente milhares de crianças morrem de frio, sede, fome e doenças por não terem seus direitos assistidos. O Capitalismo e seu rastro de des-truição e miséria só não pintam um quadro mais tenebroso para as gerações futuras devido à heroica resistência oferecida por aqueles que acreditam em um futuro luminoso para humanidade, diferente dessa brutal sociedade baseada na exploração econômica de uma classe sobre a outra e entre os resistentes estão eles, os assistentes sociais, cujo dia é comemorado em 15 de maio.
Para aqueles que atacam os Programas Sociais, para aqueles que insistem em confundir Serviço Social com caridade, para aqueles que enxergam desenvolvimento unicamente com cifras e gráficos econômicos, desprezando a preservação da dignidade da pessoa humana, não me resta outra atitude a não ser o lamento diante de tamanha falta de conhecimento sobre o que é a Assistência Social.
Sim, quando atingirmos um outro modelo de sociedade onde de fato haja a vivência do tripé dos Direitos Humanos, ou seja, a Liberdade, Igualdade e Fraternidade, aí sim teremos todos nós o acesso não somente ao pão, mas também à poesia. Até este dia chegar, fiquemos com a certeza de que a luz viaja mais rápido que o som, por isso achamos algumas pessoas brilhantes até o momento em que elas começam a falar!" Silvio Durante - professor de história
O nobre vereador acertadamente falou que o problema era a falta de engenheiros na pre-feitura. Ok! Está certo. Ele poderia ter parado por aí, mas eis que solta a pérola dizendo que a prefeitura “prefere contratar assistentes sociais para a Sebes ao invés de contratar engenheiros para a Secretaria de Obras” (sic). In-tragável!
Absurda e infeliz frase! Infelizmente há pessoas que pensam que desenvolvimento é um engenheiro projetando prédios, condomínios de luxo, shoppings, abrindo ruas e extensas avenidas na cidade. Penso que desenvolvimento é algo para muito além disso. Não existe desenvolvimento sem justiça social e estou convicto de que na atual sociedade dividida em classes como a nossa é possível justiça social, ainda que mínima, sem a existência e ação dos assistentes sociais.
Sr. vereador, é graças à atuação destes profissionais que o Capitalismo não afunda de vez a humanidade na barbárie. É graças a ação desses profissionais que os Direitos Humanos são minimamente garantidos àqueles que nada têm. São os assistentes sociais, do serviço público ou das fundações privadas, que garantem a dignidade a milhares de pessoas que só são visíveis aos nossos olhos quando paramos nos sinaleiros, passamos embaixo dos viadutos ou desviamos nossos carros dos seus “carrinhos de reciclados”.
O Capitalismo dia-a-dia aumenta o número de miseráveis no mundo todo. Diariamente milhares de crianças morrem de frio, sede, fome e doenças por não terem seus direitos assistidos. O Capitalismo e seu rastro de des-truição e miséria só não pintam um quadro mais tenebroso para as gerações futuras devido à heroica resistência oferecida por aqueles que acreditam em um futuro luminoso para humanidade, diferente dessa brutal sociedade baseada na exploração econômica de uma classe sobre a outra e entre os resistentes estão eles, os assistentes sociais, cujo dia é comemorado em 15 de maio.
Para aqueles que atacam os Programas Sociais, para aqueles que insistem em confundir Serviço Social com caridade, para aqueles que enxergam desenvolvimento unicamente com cifras e gráficos econômicos, desprezando a preservação da dignidade da pessoa humana, não me resta outra atitude a não ser o lamento diante de tamanha falta de conhecimento sobre o que é a Assistência Social.
Sim, quando atingirmos um outro modelo de sociedade onde de fato haja a vivência do tripé dos Direitos Humanos, ou seja, a Liberdade, Igualdade e Fraternidade, aí sim teremos todos nós o acesso não somente ao pão, mas também à poesia. Até este dia chegar, fiquemos com a certeza de que a luz viaja mais rápido que o som, por isso achamos algumas pessoas brilhantes até o momento em que elas começam a falar!" Silvio Durante - professor de história
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